terça-feira, 27 de março de 2012

A história da África como nunca se viu.


             Quando paramos para estudar a constituição dos reinos africanos, somos levados, automaticamente, a cometermos uma série de equívocos. Primeiramente, o continente conhecido como África é caracterizado pela variedade de costumes e tradições culturais das mais diversas peculiaridades.

                Reinos antigos do continente, como Gana, por exemplo, onde os soberanos colocavam coleira de ouro em seus cachorros, se perderam diante da avassaladora ação das potências européias. Em outras palavras, a riqueza que o continente possuía antigamente foi usurpada pelos países capitalistas, ávidos por lucro e matéria-prima barata. Atualmente, as placas e esculturas produzidas por povos como Benin e Ifé, reinos antigos e poderosos da África, estão em museus da Europa, isto é, o que não foi destruído pelos europeus a partir do século XIX.

                Além disso, podemos citar a importante cidade de Timbuctu, que se tornou um grande centro cultural do continente, reunindo intelectuais influenciados pelo islamismo e a riquíssima produção de conhecimentos dos povos árabes. Tanto é que em 1988, a cidade foi tombada pela UNESCO que a declarou patrimônio da humanidade.

                Todavia, o continente africano vem sendo desvalorizado cada vez mais ao longo do tempo. Como estupidamente relatou o escritor alemão Georg Hegel: ”A África não tem valor histórico” procurou desvalorizar a cultura e as tradições dos povos africanos. Esse preconceito acaba associando o continente à noção de barbárie e selvageria, o que, evidentemente, não condiz com a realidade das comunidades históricas da África.

 Basta relembrar que o cristianismo, tão valorizado e cultuado pelos “ocidentais”, também se fez presente no continente. O reino de Aksun, no século IV, adotou como religião oficial de seu reino o cristianismo. Como conseqüências desse fato, os povos europeus, buscando um refúgio seguro contra os islâmicos, viram no reino de Aksun a oportunidade de encontrar o misterioso líder que ajudaria a libertar a Europa do Islamismo. Segundo a lenda, Preste João seria um rei cristão que ajudaria os europeus na luta contra os muçulmanos.

Portanto, o continente africano, apesar de hoje passar por crises e surtos de fome em várias regiões, já foi marcado pela riqueza e pela prosperidade. Uma grandiosidade cultural que deve ser lembrada e admirada pelos estudiosos sobre o assunto e estudantes buscando atingir um alto grau de conhecimento sobre essas questões.

2 comentários:

  1. O que?
    Tinha ouvido um boato que o povo lá sofre assim porque caminhou um anticristo pelas bandas de lá... Hum... então na verdade foi o capitalismo e o cristianismo. Que inferno!
    Este é o problema de alguns imbecis, ignorantes, asnos, acéfalos, etc. assimilarem o fato da presença de melanina em certas quantidades a questões multifatoriais.

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