quinta-feira, 27 de setembro de 2012

A Independência do Brasil


Resumo para a prova de história – 8º ANO; 3º Bimestre.

        Uma das questões levantadas em sala de aula nesse terceiro bimestre está relacionada à vinda da Família Real para o Brasil. Para entendermos esse fato, precisamos analisar os acontecimentos que marcaram a configuração geopolítica da Europa nesse período. Napoleão Bonaparte havia dominado boa parte dos países do continente e decretado o bloqueio continental, com o objetivo de impedir que Portugal e demais países comercializassem com os ingleses. Todavia, os portugueses estavam dependentes do comércio com a Inglaterra, e, por isso, não poderiam obedecer as resgras estabelecidas por Bonaparte. Então, D. João e sua família, objetivando não entrar em guerra com Napoleão, fugiu para o Brasil.


        Vale destacar que quando a família real chegou à colonia brasileira, ele encontrou cidades sujas, sem estrutura, prédios construídos de uma maneira arcaica, as ruas infestadas de ratos, etc. Em outras palavras, não havia condições de se tornar a capital do império português. Com isso, D. João investiu na criação de algumas instituições no sentido melhorar as finanças e o aspecto físico da cidade do Rio de Janeiro.

        Uma das perguntas mais instigantes sobre esse momento é porque D. João optou pelo Brasil e não por suas colônias africanas? A resposta para essa indagação está relacionada às riquezas encontradas no Brasil e seu desenvolvimento comercial.

        Contudo, após a vinda da família real para o Brasil verificamos a ocorrência de um processo conhecido como “Interiorização da Metrópole”, ou seja, o Brasil deixou de respeitar o pacto colonial e se tornou tão importante quanto Portugal. E os portugueses se sentiram prejudicados em todos os sentidos, pois tiveram que lutar contra as tropas de Napoleão Bonaparte, ficaram sem o rei e ainda as riquezas do cofre de Portugal foram trazidas para o Brasil.

        De um modo geral, a abertura dos portos, promovida por D. João, colocou um fim nas regras do pacto colonial. Todavia, o Brasil se tornou dependente de outro país; a Inglaterra. Vale destacar que os ingleses tiveram uma série de privilégios no nosso território, contrariando os interesses dos colonos brasileiros. Diversas mercadorias inglesas foram trazidas ao Brasil para concorrerem com os produtos brasileiros.

        Entrementes, um acontecimento marcou a passagem de D. João pelo Brasil. Foi a chamada Revolução Pernambucana. Esse fato ocorreu em virtude da postura de D. João em investir somente na cidade do Rio de Janeiro. Além disso, o rei aumento os impostos cobrados sobre os nordestinos. Isso significava que teriam que tirar o pouco que possuíam para pagar o governo. Além de conviver com a fome, com a seca e com a miséria; teriam que pagar impostos aos governantes do país. Por isso, os pernambucanos entraram em guerra e chegaram a tomar o poder na cidade de Pernambuco, gerando um impasse sem precedentes na história do Brasil. No final, as tropas de D. João conseguiram organizar um exército poderoso, desarticulando o movimento e prendendo os revoltosos.

        Entretanto, vale destacar que o Brasil cresceu muito nesse período, pois D.João criou o Banco do Brasil, a biblioteca real, o jardim botânico, a casa da moeda, a academia de belas artes, dois colégios de medicina, etc. Tudo isso serviu para reforçar a ideia de que o Brasil deixava der colônia para ser tornar uma metrópole. Já por outro lado, Portugal estava tornando-se uma colônia de Portugal.

        Logicamente que essa situação não agradou aos portugueses, que iniciaram um movimento, conhecido por “Revolução Liberal do Porto de 1820”. Esse movimento tinha como principais objetivos conseguir fazer com que D. João voltasse a Portugal. Além disso, Portugal pretendia promover a recolonização do Brasil, pois eles estavam muito prejudicados com o desenvolvimento da ex-colônia e o consequente atraso econômico dos portugueses.

        A decisão tomada por D. João foi o retorno a Portugal, porém, objetivando manter uma pessoa de confiança na colônia, o rei resolveu deixar seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara no Brasil. Entretanto, os portugueses continuaram insatisfeitos, e também passaram a exigir a volta de Pedro a Portugal.

        Na verdade, os brasileiros temiam que o Brasil voltasse a ser colônia de Portugal e, por isso, pediam a D. Pedro que não aceitasse as ordens vindas dos portugueses. Com isso, o príncipe brasileiro respondeu negativamente às ordens vindas de Lisboa, dizendo a seguinte frase: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”. Esse dia ficou conhecido como “o dia do fico”.

        Porém, a pressão continuou e, durante uma viagem a Minas Gerais, D. Pedro recebeu uma carta exigindo sua volta imediata a Portugal. Então, próximo ao riacho Ipiranga, no dia 7 de setembro de 1822, o príncipe brasileiro gritou: ”Independência ou morte!”. Essa data foi escolhida como uma data comemorativa da separação definitiva do Brasil de Portugal.

        Vale destacar que após a separação entre os países, o Brasil procurou reconhecer essa separação. Países como EUA, França, Inglaterra, dentre outros, reconheceram de imediato a independência brasileira. Já os portugueses exigiram o pagamento de uma indenização de 2 milhões de libras esterlinas (a moeda da época) para que reconhecessem a separação definitiva. Como o Brasil não tinha dinheiro, D. Pedro recorreu a um empréstimo junto aos ingleses. (Foi a primeira dívida externa do Brasil).

        Vale ressaltar que a situação das camadas sociais mais desfavorecidas da população continuou da mesma maneira, pois não houve uma preocupação em desenvolver a sociedade brasileira de uma maneira igualitária. D. Pedro I procurou tão-somente satisfazer os interesses da elite e da aristocracia, pessoas ligadas à corte portuguesa.

        Uma das características do governo de D. Pedro I foi a constituição outorgada pelo imperador em 1824. Nessa constituição ficou evidenciada a ambição autoritária do soberano. Ele criou um dispositivo chamado de “poder moderador”, onde seus poderes estavam acima do executivo e do judiciário. Essa postura despótica do imperador fez com que crescesse uma forte oposição contra ele, que culminou em sua retirada do comando supremo da nação. ( Mas esse assunto será discutido no 4º bimestre). Bons estudos e boa prova a todos!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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