quarta-feira, 4 de abril de 2012

Os Iluministas

Uma das características do movimento iluminista consiste na busca intensa pela liberdade. Partindo-se desse princípio, podemos constatar que tal movimento modificou a forma de pensar de milhões de pensadores e intelectuais do século XVIII. Vale ressaltar que os países europeus do período estavam sob a forma de governo conhecido como “Antigo Regime”, onde o rei concentrava os poderes em suas mãos. Isso fazia com que qualquer movimentação contrária à ordem estabelecida fosse repreendida pelo rei.
Tendo em vista que a sociedade do século XVII e XVIII era controlada pela Igreja Católica, a falta de mobilidade social era vista como algo normal. Ou seja, as pessoas pobres tinham que aceitar a sua situação de miséria e carência porque era uma determinação de Deus. Além disso, todas as catástrofes promovidas pela natureza, como terremotos, enchentes, furacão, dentre outras; era considerado um castigo de Deus para com a humanidade. Como exemplo, podemos citar a peste bubônica que matou milhões de pessoas no continente europeu em meados do século XIII, cuja explicação elaborada pela Igreja era a de que Deus estava castigando os Seres Humanos pela falta de compromisso com a palavra divina.
Os filósofos e pensadores iluministas procuraram modificar essa situação, tentando instituir a razão e a experiência científica acima da fé e preceitos defendidos pela Igreja Católica. Uma vez que, segundo os “ilustrados”, somente a razão deveria colocar a humanidade no caminho do desenvolvimento e do progresso.

Continuando nossa análise no aspecto religioso, a justificativa para a concentração dos poderes nas mãos dos reis era voltada também para a vontade divina. Segundo os filósofos, pensadores da Igreja e defensores do poder absoluto dos reis, também era Deus quem escolhia os soberanos para governar o Estado, justificando, perante a sociedade, a centralização do poder nas mãos do rei. Contrariando essa concepção, um dos principais pensadores do movimento iluminista, John Locke, vai propor a idéia de que o poder deveria ser regulado por um acordo entre a população e o soberano. E esse acordo era necessário para manter o equilíbrio na sociedade, acabando com os conflitos entre os indivíduos.
Algumas realizações foram marcantes no período iluminista. Uma delas foi a criação de um dicionário ilustrado, conhecido como enciclopédia, criado por D’Alembert e Diderot, cujo objetivo era reunir todo os conhecimentos produzidos no período. Já o filósofo Rousseau aprofundou suas análises sobre as origens da desigualdade entre os homens e buscou defender a soberania popular. Na área econômica, destacaram-se Adam Smith e David Ricardo, criando o chamado liberalismo econômico, cuja principal característica era afirmar que o governo não tinha o direito de se interferir no sistema econômico da nação, ou seja, defendia a liberdade de comércio no interior do Estado. Outra realização ocorrida no período iluminista, e que repercute com mais intensidade nos dias atuais é defesa dos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, criado por Montesquieu que objetivava retirar do rei a intensa concentração do poder. Vale frisar que basicamente todos os pensadores do período tinham como finalidade aprofundar seus estudos sobre a necessidade de se estabelecer a liberdade entre todos.
Alguns estudiosos do tema afirmam que os iluministas eram ateus, isto é, não acreditavam em Deus. Porém, a maioria dos pensadores ilustrados acreditava no poder divino, apenas afirmavam que a produção de conhecimentos não deveria estar ligada às tradições da Igreja Católica e de seus dogmas e princípios. Defendiam a idéia de que os Seres Humanos tinham a liberdade para descobrir e estudar o mundo a sua volta. Sendo assim, a Igreja estaria impedida de estabelecer regras e limites para a produção de conhecimento humano.
Não podemos nos esquecer dos soberanos conhecidos como Déspotas Esclarecidos.  Eram reis que, inspirados nas idéias dos iluministas, procuravam modernizar seus Estados realizando reformas na área econômica e administrativa. Não se tratava de relaxar o poder absoluto, mas estabelecer reformas que provocasse o crescimento do reino e trouxesse a prosperidade para o Estado.
No plano da educação, os iluministas propuseram o Ensino Laico, ou seja, segundo os ilustrados, o sistema educacional não deveria estar ligado aos ensinamentos e princípios defendidos pela Igreja Católica. O Estado deveria garantir o ensino para a população de uma maneira gratuita, mas sem ligação com a igreja. Além disso, deveria ser uma educação voltada para o campo científico, preparando os alunos para o trabalho e para se adequarem às exigências do mercado (mercado esse voltado para o crescimento do número de instalação de fábricas durante a Revolução Industrial).
 Por fim, não resta dúvida de que o movimento iluminista ainda repercute nos dias atuais. Tanto no aspecto econômico, com o liberalismo; quanto no lado cultural e político, com a busca pela liberdade de expressão e divisão do poder em três áreas independentes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Vale destacar que a principal herança deixada pelos ilustrados foi a intensa produção de conhecimentos científicos, desligados dos dogmas e princípios defendidos pela Igreja Católica e que havia sido perpetuado na sociedade de uma maneira absoluta durante a Idade Média.

3 comentários:

  1. é bricdeira,minha materia preferida e de historia,por que a gente aprende sobre o passado,presente e futuro... xauu,beijos ate na escola quarta feira, né? fessor moises..kkk xau

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  2. Eu sei que você gosta de história.rsrsr Um grande abraço para ti e até quarta.

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