Este
texto tem como objetivo auxiliar os alunos das turmas 7º Ano A e B, na
compreensão acerca dos fatos marcantes da colonização espanhola. É preciso,
antes de uma análise mais ampla, analisar a situação do continente americano
antes da chegada dos espanhóis. Que civilizações existiam no continente nos
momentos antecedentes à chegada dos europeus? Como se organizavam? Existia
cultura? Quais eram as atividades econômicas empreendidas por esses povos?
Essas e outras perguntas devem fazer parte das discussões sobre o assunto.
Um
dos principais povos que habitavam o continente era os Astecas. Essa comunidade indígena se organizou de uma forma nunca
vista antes. Devemos ressaltar que a guerra era a principal atividade desse
grupo, pois ao dominar e conquistar outros povos, os Astecas arrecadavam mais
impostos. (Basta lembrar que os povos que perdiam a guerra eram obrigados a
pagar tributos à comunidade vencedora). Com isso, estima-se que apenas na
capital do império existia cerca de 300 mil habitantes e que o império, de uma
maneira geral, reunia cerca de 11 milhões de pessoas.
Entre
os povos Astecas existia um sistema de educação estruturado, ou seja, muito bem
organizado. Aos 15 anos, os jovens podiam entrar para dois centros de ensino: o
Calmecac, uma espécie de templo que
tinha o objetivo de formar sacerdotes. Era uma educação rigorosa e destinada
aos altos funcionários do Estado. Outro centro de ensino era o Telpochcalli, cuja função básica era
forma cidadãos para ocupar postos elevados no Estado ou nas atividades
militares. Era uma educação menos rígida e os alunos tinham mais liberdade.
Outra
importante civilização que se desenvolveu no continente americano antes da
chegada dos europeus foi os Incas.
Tal como os Astecas, os Incas aumentaram seu império através da guerra. Para
conseguir manter o controle sobre os povos dominados, o imperador procurava
fortalecer o exército e punir com
severidade quem oferecesse resistência.
Outra
característica importante dos incas era a organização política. Quando o
imperador morria, que era chamado de Sapa
Inca, suas mulheres e servos eram sacrificados e seus corpos depositados
junto ao dele. O sucessor era escolhido entre o filho do Sapa Inca com a Coya, sua irmã e mulher legítima. O
escolhido passava por uma educação rigorosa, pois precisava estar apto para
comandar o império.
Foi
esse o cenário encontrado pelos europeus ao chegarem ao novo continente. A
partir do encontro entre os nativos e os espanhóis, comandados por Hernán Cortez
e Francisco Pizarro, verificamos um verdadeiro massacre sobre as civilizações
indígenas. Devemos ressaltar que o número de europeus era pequeno se comparado
à quantidade de nativos. Como exemplo podemos citar a destruição do império
asteca, comandada por Cortez, pois apenas 400 homens conseguiram aniquilar 500
mil indígenas.
A
explicação para tal acontecimento está relacionada a alguns fatores como:
·
Superioridade
militar e tecnológica dos europeus: Os espanhóis utilizaram armas de fogo,
especialmente canhão, e de cavalos, que os astecas desconheciam. Vale frisar
que os nativos pensavam que o cavaleiro e o animal faziam parte do mesmo corpo,
isto é, eles achavam que se cortassem a cabeça do cavalo, a cabeça do cavaleiro
também cairia. Além disso, a guerra tinha outro significado para os nativos,
que era a captura de prisioneiros para os rituais de sacrifício.
·
Ajuda de aliados
locais:
Os espanhóis conseguiram obter o apoio das comunidades dominadas pelos incas.
Esses povos viram nos espanhóis a chance de se libertarem do domínio
autoritário do imperador.
·
Contaminação por
doenças:
Os nativos não possuíam anticorpos contra as doenças trazidas pelos europeus.
Com isso, uma simples gripe era mortal para o nativo. Esse fator contribuiu
decisivamente para a concretização do poder espanhol sobre os indígenas.
·
Os Astecas
imaginaram que os espanhóis eram deuses: Segundo as tradições culturais locais o
deus Quetzalcóatl voltaria à cidade. Com a vinda dos europeus, que se
assemelhavam aos deuses em decorrência de sua vestimenta e ornamentos diversos,
os presságios se confirmariam, segundo os Astecas. Esse fato facilitou a
penetração dos espanhóis nos territórios dos nativos.
Enfim, todos
esses fatores provocaram a completa destruição dos traços culturais dos povos
que habitavam o continente americano após a ação devastadora dos europeus. Essa
ação sempre esteve marcada pela violência e arbitrariedade, em que mulheres
grávidas tinham sua barriga cortada por uma espada por dois espanhóis que apostavam
qual seria o sexo do feto. Portando, podemos afirmar que a dominação e
exploração foram completa e absoluta, além de devastadora e extremamente impetuosa.
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