Após a efetivação da conquista por parte dos espanhóis
sob a cultura nativa, eles iniciaram a busca por riquezas no novo continente. Com
o objetivo de constituir uma administração eficaz, os europeus criaram uma
série de medidas no sentido de controlar a vida dos habitantes da colônia. A idéia
dos espanhóis era incorporar a colônia ao império, desencadeando, dessa
maneira, o desenvolvimento do Estado.
Para administrar a colônia, surgiu a figura dos vice-reis, que eram membros da nobreza
ou da burguesia, que recebiam do Rei da Espanha a obrigação de administrar as
riquezas geradas na colônia. Eram pessoas da confiança do governante que
administravam os lucros adquiridos nas possessões americanas.
Outro órgão importante era o cabildo, semelhante ao Conselho Municipal, cuja função era resolver
os problemas das vilas e cidades. Procuravam solucionar os problemas ligados ao
comércio e às atividades policiais. Os Criollos,
que faziam parte da elite local, eram os membros do cabildo.
Vale ressaltar que o objetivo principal dos espanhóis era
tão-somente concretizar o controle absoluto sobre todas as riquezas contidas no
continente americano. A América era vista como a verdadeira possibilidade de
adquirir grandes vantagens financeiras.
Com o efetivo controle por parte dos espanhóis, a
sociedade americana se tornou mais diversificada. Em outras palavras, vários grupos
sociais se constituíram no continente ocupado pelos espanhóis. Vale frisar que ocorreu
a mistura entre os índios e os espanhóis, dando origem aos mestiços, cuja ocupação era o comércio e administração de pequenas
propriedades. Os espanhóis, conhecidos
também como chapetones, ocupavam
cargos de destaque na colônia, pois possuíam grandes negócios na colônia e
faziam com que a ordem se estabelecesse na região, pois eles administravam o
exército, além da igreja e dos cabildos. Outro setor social muito importante na
América Espanhola era os criollos,
filhos de espanhóis nascidos na colônia.
Contudo, a maioria da população da colônia pertencia aos
setores mais desfavorecidos economicamente. Primeiramente tínhamos os indígenas, que trabalhavam na agricultura
e não possuíam propriedades. Eram escravizados de diversas maneiras pelos
colonizadores. Na base da sociedade estavam os negros escravizados, que eram retirados da África e trazidos para a
América para realizarem trabalhos pesados.
Todavia, a característica principal do processo de
colonização espanhola foi a escravização dos nativos. Uma delas ficou conhecida
como mita, que consiste no fato de
que os colonizadores encarregavam os chefes indígenas de selecionar os nativos
para realizarem trabalhos nas regiões das minas ou na agricultura. Os indígenas
eram recebiam um baixo salário e eram impedidos de se retirarem do local de
trabalho. Outra forma de exploração era a encomienda,
que autorizava os colonizadores a dominarem uma ou mais comunidade indígena. Por
meio de um contrato estabelecido com o rei, o encomendero obtinha o direito de
cobrar impostos dos nativos na forma de produtos os trabalhos.
Por fim, é preciso enfatizar a posição da igreja católica
com relação aos nativos da América. Logo após a efetiva dominação sobre a
população nativa, os membros mais importantes da igreja criaram um mecanismo de
conversão dos índios à fé católica. Com isso, as tradições, os costumes e a
cultura dos povos indígenas foram desrespeitados. Os jesuítas, (padres e clérigos da igreja), vieram ao continente
americano para cristianizar os nativos,
reunindo-os e, aldeias, chamadas de missões
ou reduções. A destruição dos traços
culturais dos colonizados foi total e absoluta, marcando para sempre a
constituição social, política e histórica do continente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário