domingo, 3 de junho de 2012

A América Espanhola

            Após a efetivação da conquista por parte dos espanhóis sob a cultura nativa, eles iniciaram a busca por riquezas no novo continente. Com o objetivo de constituir uma administração eficaz, os europeus criaram uma série de medidas no sentido de controlar a vida dos habitantes da colônia. A idéia dos espanhóis era incorporar a colônia ao império, desencadeando, dessa maneira, o desenvolvimento do Estado.
            Para administrar a colônia, surgiu a figura dos vice-reis, que eram membros da nobreza ou da burguesia, que recebiam do Rei da Espanha a obrigação de administrar as riquezas geradas na colônia. Eram pessoas da confiança do governante que administravam os lucros adquiridos nas possessões americanas.

            Outro órgão importante era o cabildo, semelhante ao Conselho Municipal, cuja função era resolver os problemas das vilas e cidades. Procuravam solucionar os problemas ligados ao comércio e às atividades policiais. Os Criollos, que faziam parte da elite local, eram os membros do cabildo.
            Vale ressaltar que o objetivo principal dos espanhóis era tão-somente concretizar o controle absoluto sobre todas as riquezas contidas no continente americano. A América era vista como a verdadeira possibilidade de adquirir grandes vantagens financeiras.
            Com o efetivo controle por parte dos espanhóis, a sociedade americana se tornou mais diversificada. Em outras palavras, vários grupos sociais se constituíram no continente ocupado pelos espanhóis. Vale frisar que ocorreu a mistura entre os índios e os espanhóis, dando origem aos mestiços, cuja ocupação era o comércio e administração de pequenas propriedades. Os espanhóis, conhecidos também como chapetones, ocupavam cargos de destaque na colônia, pois possuíam grandes negócios na colônia e faziam com que a ordem se estabelecesse na região, pois eles administravam o exército, além da igreja e dos cabildos. Outro setor social muito importante na América Espanhola era os criollos, filhos de espanhóis nascidos na colônia.
            Contudo, a maioria da população da colônia pertencia aos setores mais desfavorecidos economicamente. Primeiramente tínhamos os indígenas, que trabalhavam na agricultura e não possuíam propriedades. Eram escravizados de diversas maneiras pelos colonizadores. Na base da sociedade estavam os negros escravizados, que eram retirados da África e trazidos para a América para realizarem trabalhos pesados.
            Todavia, a característica principal do processo de colonização espanhola foi a escravização dos nativos. Uma delas ficou conhecida como mita, que consiste no fato de que os colonizadores encarregavam os chefes indígenas de selecionar os nativos para realizarem trabalhos nas regiões das minas ou na agricultura. Os indígenas eram recebiam um baixo salário e eram impedidos de se retirarem do local de trabalho. Outra forma de exploração era a encomienda, que autorizava os colonizadores a dominarem uma ou mais comunidade indígena. Por meio de um contrato estabelecido com o rei, o encomendero obtinha o direito de cobrar impostos dos nativos na forma de produtos os trabalhos.
            Por fim, é preciso enfatizar a posição da igreja católica com relação aos nativos da América. Logo após a efetiva dominação sobre a população nativa, os membros mais importantes da igreja criaram um mecanismo de conversão dos índios à fé católica. Com isso, as tradições, os costumes e a cultura dos povos indígenas foram desrespeitados. Os jesuítas, (padres e clérigos da igreja), vieram ao continente americano para cristianizar os nativos, reunindo-os e, aldeias, chamadas de missões ou reduções. A destruição dos traços culturais dos colonizados foi total e absoluta, marcando para sempre a constituição social, política e histórica do continente.
           











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